terça-feira, 7 de outubro de 2014

Mãe-geladeira

O termo psicanalítico mãe-geladeira foi um rótulo que era atribuído às mães de crianças autistas, quando se acreditava que elas poderiam ser a causa do autismo de seus filhos, por serem afetivamente frias.1 O psiquiatra Leo Kanner, o primeiro a descrever o autismo, explicitou sua observação clínica de que as crianças autistas possuíam, em geral, pais muito inteligentes, mas pouco calorosos. Porém, Kanner apenas apontou uma associação, o que não implica causalidade (é mais provável que a frieza dos pais fosse consequência da ausência de retorno da criança ao afeto que dedicavam a ela).
Coube ao psicanalista Bruno Bettelheim a popularização do termo e da teoria. Em seus artigos nos anos 1950 e 1960s, e mais explicitamente no seu livro "The empty fortress" ("A fortaleza vazia", em português),2 Bettleheim popularizou a ideia de que o autismo seria causado pela indiferença da mãe em relação à criança. Assim como Kanner, Bettleheim ignorou o fato de que estas mesmas mães teriam outros filhos não autistas. Kanner posteriormente se disse mal compreendido e tentou se retratar no seu livro "Em defesa das mães".3
Nos anos 1970 uma série de pesquisas comprovaram que o autismo é um quadro neurobiológico, que acomete os mecanismos cerebrais básicos de sociabilidade. Hoje, sabe-se que o autismo tem diversas causas, ou etiologias, sendo asgenéticas as principais.
Ainda hoje há quem acredite na teoria psicogênica do autismo, julgando que essa condição é o resultado de maus pais ou de uma falha na função materna. Essa explicação carece completamente de quaisquer bases científicas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e-geladeira

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